terça-feira, 29 de julho de 2008

Sonhos...


Sonhar... Foi um sonho que se fez realidade ou minha realidade que transformaste em sonho? Sonho feliz de te amar...

Sonhar é mais do que fechar os olhos e ter imagens rondando o abstrato da vida.
Sonhar é mais do que deixar-se levar, inerte, pelo pensamento vadio e arredio em busca do que não se sabe.
Sonhar é mais, muito mais.
É ter o pensamento guiado através de paradisíacos prazeres que encantam os olhos, festejam o amor, alegram o coração.
É ser guiado através do mundo encantado do amor, descobrindo e sendo descoberto a cada momento.
É saber, no olhar que te mira, a verdade encantada do querer e ser querido.
É dormir fatigado no amor, despertando por entre sorrisos de alegria, tendo na boca e no corpo o sabor do amor mais sublime.
É amar um amor que o mundo talvez não compreenda, por não saber a força desse amor.
É te amar, te querer, sempre. Te buscar em cada minuto de vida, fazer de ti a vida, a excelsa doçura do viver.

Estarei sonhando esse tempo todo? Não, não. Tu és realidade em mim. Tu és minha realidade de vida, de amor.

Te amo, minha querida. Dizer isso parece tão simples. Mas é algo que não se prende a palavras. Vai além.
Dizer que te amo... Não me basta dizê-lo. É tão pouco para um amor tão grande. Quisera ter poderes para fazer esse amor se mostrar por inteiro, tornar-se algo concreto aos olhos, não somente ao coração. Para que pudesses vê-lo tão real quanto o sinto em mim. Ao mesmo tempo tão forte, tão suave e tão doce.
Sim, é doce te amar. É suave te amar. Por que és o diáfano manto de amor que me cobre. Me protege, me dá forças. Invísivel aos olhos, mas tão vivo em meu coração.

Te amo. Verdadeiramente, te amo. A cada dia, um amor que se transforma em luz e calor em meus caminhos. Transformando meus caminhos, onde renasce minha vida em ti.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Olhar do coração...


O olhar do coração, ao te ver, me revelou um mundo de amor que foge à compreensão dos homens, mas segue as leis da vida.
O olhar do coração mostrou-me que o amor não tem barreiras, sentimentos perpassam por olhares indiferentes e se fixam na reciprocidade de um outro olhar.
O olhar do coração não busca, simplesmente, o prazer passageiro, mas o amor derradeiro, em quem tem os mesmos sonhos de amar com harmonia e felicidade.
O olhar do coração explora, num único olhar, todo o objeto do seu amor. Vê, num único momento, tudo que se nos revela e nos une, tudo que nos cobre e nos abriga nesse novo mundo que se desdobra, um convite à troca dos sentimentos mudos.
Com o olhar do coração, podemos ver que há um mundo novo a nossa espera, onde poderemos viajar e experimentar a beleza, a riqueza da descoberta dos caminhos de cada um. Caminhos que levam à ternura do amor perene e imutável, prospecção prazerosa nos corpos de cada um.


Bastou-me abrir as janelas da alma, para te descobrir...
Bastou-me um olhar para saber que minha vida estava toda em ti...
Bastou-me um olhar para saber que cabias inteirinha em mim...
E, assim, sonhos de mil noites, procuras de mil dias
Fizeram-se realidade em sorrisos que despertam fatigados a cada hora...

domingo, 6 de abril de 2008

De volta ao lar...

A gente nasce num determinado lugar e, sem saber por que, resolve sair pelo mundo à cata de alguma coisa que, na verdade, não sabe nem o que é.
Quando se dá por conta de si, reconhece que nada encontrou, que nada do que viu, das aventuras que viveu, de tudo que passou, nada sobrou. Nem saudades, nem lembranças. Por vezes, restam marcas no corpo, feridas causadas pela ânsia de caminhar por entre espinhos, por entre pedras.
Bicho solto no mundo, se dá conta que as venturas, o amor, a esperança, estão lá, no mesmo lugar, esperando por sua volta. Porém, essa volta, muitas vezes, é mais dolorosa que o partir, simplesmente. Grilhões da incompreensão são guantes que ferem dolorosamente a alma. Dilaceram o coração.
No silêncio da noite, faz a despedida de tudo que esmagava o viver, assombrava os sonhos e aniquilava o querer.
Agora, passos cansados, mas firmes e felizes, trazem de volta à casa, onde renasce em vida, reencontra o eu perdido, esquecido por tantas trilhas.
De volta... Ao amor... À vida... À felicidade de ser, novamente, gente igual a tanta gente.

Passei a vida procurando
Caminhos por onde andar
E, sem perceber, fui ficando
Em lugares onde não deveria estar.

E mais longos se fizeram os caminhos
Quanto mais o cansaço me toma;
Em meio à multidão, estou sozinho,
Não tenho nem minha sombra.

Mas haverá dia em que me veja
Pelos caminhos da vida perdido,
Em meio a trilhas do desconhecido

Implorando um socorro qualquer.
E na angústia dessa solidão, de mansinho,
Surge a luz, em forma de mulher...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Um anjo chamado Amor...

Um dia, quando andava vadio pela cidade dos sonhos, encontrei um anjo. Um lindo anjo. E esse anjo me deu asas. E voamos juntos pelo mundo do amor. Lá, namorei a felicidade, fiz carícias na ternura, amizade com a esperança. Nos enfeitamos com as cores do arco-íris, flutuamos no vento cálido das manhãs. Eu aprendi a voar, e nunca mais voei sozinho. Sempre ao meu lado estava meu anjo. O nome desse anjo? AMOR...

Branda lua ilumina e te cobre na noite
Refletindo teus olhos em brilhantes estrelas
Enquanto passeias teu olhar pelo infinito,
Em luz transformando todo céu
Abrindo as portas do teu coração.
No meu céu interior há uma só estrela
Todas minhas horas são feitas de ti
A minha consciência é uma só prece de ti
Recortes de sonhos na alma do poeta
Tu és a rima que a mim completa
Infinita que és no infinito da alma que ao amor se entrega
Olhando as horas no florir da primavera
Sonhando todos os sonhos para despertar tão bela...

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Em busca de um olhar...


É muito triste quando os dias passam sem notícias de pessoas que estimamos, amamos muito...

E, hoje, meu dia foi muito doloroso.
Em meio a essa balbúrdia que é a vida, uma vez mais vi morrerem minhas esperanças de alcançar um pouco de paz.
Eu precisava, eu procurava um momento de solidão.
E o dia não passava. Lento e preguiçoso, o sol teimava em permanecer no meio do céu, enquanto eu suplicava para que a noite chegasse e, com ela, todo o silêncio que a envolve, que me envolveria também.
Por volta das dez da noite, sentei-me na varanda de casa para conversar com a noite, com as estrelas, pedir que me ajudassem a clarear meus pensamentos, meus sentimentos. Mas havia muitas nuvens no céu. Não havia estrelas, não havia lua. Mesmo assim, fiquei ali, por algumas horas. Na verdade, estava ali somente meu corpo. Eu mesmo me encontrava distante, longe, na busca de um olhar. De um olhar perdido na vastidão desse mundo.

Tantas vezes te senti tão perto, que erguia minha mão para acariciar teu rosto...
Tantas vezes ergui minha mão para secar uma lágrima tua, ao sentir que choravas...
Tantas vezes sorri, ao pressentir que, ao longe, tu também sorrias...
Tantas vezes...
Tantas vezes tuas palavras doces aqueceram minha vida...
Quando, para todos em volta, eu não mais existia...
Tantas vezes a ternura da esperança plantastes em mim...
Quando, ao meu coração, nada mais importava...
Tantas vezes, da alma sofrida, afastaste o desgosto...
Quando, em meio às tormentas, me aproximava do fim...
Tantas vezes...
Tantas vezes, em prece aos ventos, teu nome cantava...
Doce canção para embalar meu sono, meu sonhar...
Tantas vezes tu, na distância de nós dois, me acalentava...
Em suaves preces, orações para meu novo despertar...
Tantas vezes...
Uma vez...
Uma vez, uma única vez, ouvi sua voz, doce, terna...
Balada angelical unindo-se ao meu cantar
Do amor que faz, da vida, verdade eterna
Na doce ventura de, sonhando, te amar...
Uma única vez...
Uma vez, uma única vez, bastou-me...
Para saber, do amor, em sua grandeza...
Um sol, radiante, que iluminou-me...
E fez, do amor, a minha natureza...

Uma única vez...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Os sonhos de hoje nasceram antes de mim

Lá no tempo em que ainda era menino, menininho, pensava que o mundo ia até a esquina seguinte de onde eu morava. Tudo teria que acontecer ali, na minha Porto Alegre. Era o maior dos mundos que eu conhecia. Não poderia haver lugar maior nem mais bonito. O meu bairro era o melhor dentre todos que já ouvira falar. Coisas de criança descobrindo que existe a sua volta, vidas que nem suspeitava.
Mas como era de se esperar, cresci. E comigo cresceram a visão do mundo, de país, de continentes. Não apenas no aprendizado escolar. Nas manchetes dos jornais, noticiários das rádios. Não havia televisão e, mesmo se houvesse, em minha casa não teríamos acesso. Seria coisa de rico. E nós estávamos no extremo oposto a essa classe.

Minha Porto Alegre de eu ser criança...
Em tuas ruas acalentei meus sonhos,
Por tuas calçadas deixei minha infância.
Nas águas do Guaíba naveguei esperanças
Que na vida jamais aportei.
Em busca de aventuras, um dia te deixei.
Para trás foram ficando tuas ruas, tuas calçadas,
Os amores e ilusões que comigo cresceram.
Queria agora te ver com os olhos da volta,
Coração de saudade de quem tarde retorna
Às raízes profundas encravadas na alma.



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