segunda-feira, 7 de abril de 2008

Olhar do coração...


O olhar do coração, ao te ver, me revelou um mundo de amor que foge à compreensão dos homens, mas segue as leis da vida.
O olhar do coração mostrou-me que o amor não tem barreiras, sentimentos perpassam por olhares indiferentes e se fixam na reciprocidade de um outro olhar.
O olhar do coração não busca, simplesmente, o prazer passageiro, mas o amor derradeiro, em quem tem os mesmos sonhos de amar com harmonia e felicidade.
O olhar do coração explora, num único olhar, todo o objeto do seu amor. Vê, num único momento, tudo que se nos revela e nos une, tudo que nos cobre e nos abriga nesse novo mundo que se desdobra, um convite à troca dos sentimentos mudos.
Com o olhar do coração, podemos ver que há um mundo novo a nossa espera, onde poderemos viajar e experimentar a beleza, a riqueza da descoberta dos caminhos de cada um. Caminhos que levam à ternura do amor perene e imutável, prospecção prazerosa nos corpos de cada um.


Bastou-me abrir as janelas da alma, para te descobrir...
Bastou-me um olhar para saber que minha vida estava toda em ti...
Bastou-me um olhar para saber que cabias inteirinha em mim...
E, assim, sonhos de mil noites, procuras de mil dias
Fizeram-se realidade em sorrisos que despertam fatigados a cada hora...

domingo, 6 de abril de 2008

De volta ao lar...

A gente nasce num determinado lugar e, sem saber por que, resolve sair pelo mundo à cata de alguma coisa que, na verdade, não sabe nem o que é.
Quando se dá por conta de si, reconhece que nada encontrou, que nada do que viu, das aventuras que viveu, de tudo que passou, nada sobrou. Nem saudades, nem lembranças. Por vezes, restam marcas no corpo, feridas causadas pela ânsia de caminhar por entre espinhos, por entre pedras.
Bicho solto no mundo, se dá conta que as venturas, o amor, a esperança, estão lá, no mesmo lugar, esperando por sua volta. Porém, essa volta, muitas vezes, é mais dolorosa que o partir, simplesmente. Grilhões da incompreensão são guantes que ferem dolorosamente a alma. Dilaceram o coração.
No silêncio da noite, faz a despedida de tudo que esmagava o viver, assombrava os sonhos e aniquilava o querer.
Agora, passos cansados, mas firmes e felizes, trazem de volta à casa, onde renasce em vida, reencontra o eu perdido, esquecido por tantas trilhas.
De volta... Ao amor... À vida... À felicidade de ser, novamente, gente igual a tanta gente.

Passei a vida procurando
Caminhos por onde andar
E, sem perceber, fui ficando
Em lugares onde não deveria estar.

E mais longos se fizeram os caminhos
Quanto mais o cansaço me toma;
Em meio à multidão, estou sozinho,
Não tenho nem minha sombra.

Mas haverá dia em que me veja
Pelos caminhos da vida perdido,
Em meio a trilhas do desconhecido

Implorando um socorro qualquer.
E na angústia dessa solidão, de mansinho,
Surge a luz, em forma de mulher...

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